O relaxamento da quarentena e a retomada das atividades dos serviços não essenciais, produziram um efeito de pressão dentro dos condomínios na cidade de São Paulo. Um dos motivos é a reabertura dos espaços comuns, fechados durante a quarentena em condomínios residenciais. Para síndicos atenderem aos pedidos dos moradores, será necessário seguir algumas orientações. Saiba quais são elas.
Os condomínios residenciais na cidade de SP têm autonomia para decidir sobre o relaxamento e flexibilização da quarentena. E isso tem sido motivo de conflito entre síndicos e moradores.
Na prática, o que alguns condôminos desejam é o funcionamento normal das áreas comuns dos empreendimentos, o que inclui academias, churrasqueiras, piscinas, entre outras instalações.
No entanto, é imprescindível que moradores e síndicos estejam conscientes de que a autonomia para flexibilizar não tira suas responsabilidades. A cidade continua em regime de quarentena para controlar o risco de contágio e atingir a meta de controle do avanço do vírus.
Sabemos a importância que este assunto tem na vida em condomínio, por isso é que elaboramos este conteúdo. Acompanhe e conheça algumas dicas para agir assertivamente neste momento!
Importância de seguir protocolos de segurança na reabertura de condomínios residenciais
Desde o início da pandemia, não houve uma definição muito clara para o uso das áreas comuns nos empreendimentos. Não foram criadas leis ou normas específicas sobre a quarentena na vida em condomínio. A recomendação foi seguir as orientações dos órgãos de saúde e o bom senso entre gestores e moradores.
Apesar de a reabertura gradual dos diversos setores sugerir que a rotina esteja voltando ao normal em um condomínio, síndicos, conselhos consultivos e administradoras de condomínios possuem uma grande responsabilidade na adoção de medidas de segurança.
Sendo assim, é fundamental priorizar estratégias e protocolos de segurança, que tragam mais tranquilidade e minimizem as chances de contágio.
Em relação à flexibilização da quarentena em condomínios residenciais, entidades como o Sindicato da Habitação (Secovi-SP) e a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), vêm fornecendo orientações para a reabertura de áreas comuns.
Recomendam, por exemplo, que os condomínios que enfrentam dificuldades operacionais de segurança, aguardem uma melhora nos índices de contágio da Covid-19 para tomarem essa atitude. Especialmente para as áreas comuns.
Comunicação como uma ferramenta para flexibilização da quarentena em condomínios residenciais
Uma das ferramentas que síndicos e administradoras não podem abrir mão nesta fase é a comunicação no condomínio.
Através dela é possível dar orientações de higienização das mãos, uso de máscara e outras medidas. Obtendo maior conscientização e êxito no cumprimento das medidas
Podem ser comunicados internos afixados em locais estratégicos, e-mails e outros canais de relacionamento.
Uma tecnologia que vem auxiliando a comunicação nos condomínios é a assembleia virtual. Ela permite que se evite reuniões presenciais e aglomerações.
Cuidados com a higiene ainda são necessários para garantir o controle da contaminação
As medidas de higiene pessoal e de superfícies continuam sendo indispensáveis neste momento de flexibilização da quarentena em condomínios residenciais.
Sendo assim, síndicos e administradoras precisam dar continuidade a elas. Além disso, é essencial que os moradores permaneçam respeitando as normas indicadas.
Veja alguns cuidados indispensáveis que os síndicos podem adotar para os condomínios:
- disponibilizar álcool em gel para colaboradores e nas áreas comuns.
- fornecer aos colaboradores máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e orientá-los sobre o uso e correta higienização;
- aumentar a frequência de limpeza e higienizações, especialmente, em superfícies como elevadores, corrimãos, maçanetas etc.;
- manter os ambientes o mais arejados possível, com a abertura de janelas e de portas, sem comprometer a segurança do condomínio;
- orientar moradores sobre o uso de máscaras em áreas comuns e higienização de mobiliários como cadeiras, espreguiçadeiras e equipamentos de ginástica.
Já é possível reabrir áreas comuns em condomínios residenciais? Quais são os cuidados?
Como citamos, não há uma lei específica acerca do assunto no Brasil. Neste caso, as decisões sobre fechamento ou reabertura de áreas comuns devem ser tomadas administrativamente pelos condomínios.
Para tal, devem ser consideradas as recomendações e informações das entidades do setor e autoridades de saúde.
Recomenda-se analisar o perfil do empreendimento, levar em conta os desejos dos condôminos e, principalmente, o bom senso, sempre priorizando a segurança de todos. Para tomar uma decisão mais assertiva, pode-se observar a curva de contágio dentro do próprio empreendimento.
Optando pela reabertura, é fundamental que a gestão reforce que é responsabilidade de cada morador o bom uso das áreas comuns, evitar aglomerações e tomar as devidas medidas de higiene.
Confira 3 dicas de como minimizar os riscos de contágio nos seguintes ambientes:
- áreas comuns cobertas, como espaços kids, salas de jogos e academia: criar regras como a opção de reserva por apartamento, manter uma rotina mais frequente de higienização;
- retomada do uso de quadras: solicitar o uso de máscaras e a reserva do espaço por apartamento, podendo ser estudada a opção de liberar para mais de uma unidade, desde que sejam seguidas normas de distanciamento;
- piscinas: o uso pode ser liberado mediante a limitação da quantidade de pessoas. Além disso, reforçar sobre a higienização do mobiliário do entorno das instalações.
Vale ressaltar que, a princípio, é indicado que a flexibilização da quarentena em condomínios residenciais não inclua os espaços para festas e recepções, já que são ambientes que envolvem aglomeração de pessoas.
Esperamos que o nosso artigo seja útil para o seu condomínio, já que ele possui autonomia para flexibilizar, desde que isso seja feito de forma consciente e segura. Lembrando que, para auxiliar os síndicos de forma eficiente, neste e em outros momentos, é fundamental que as administradoras de condomínio possuam uma certificação reconhecida, como a PROAD.
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